O QUE ESPERAM OS TURISTAS ESTRANGEIROS
Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor
Retorno à minha maratona na direção da otimização da Copa do Mundo de 2014 na sub-sede de Natal.
Em artigo anterior enfatizei a iniciativa dos realizadores do evento “Os Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, seminário realizado pela iniciativa da Tribuna do Norte, Sistema Fiern, Sistema Fecomércio, Universidade Federal do Rio Grande do Norte e o Governo do nosso Estado, que cuidou das providências necessárias à preparação do Estado para receber os turistas durante a Copa de 2014 e dos legados que poderá proporcionar, segundo o empresário Amaro Sales, Presidente da Federação das Indústrias do RN, nos segmentos da infraestrutura, do social e o legado das oportunidades de negócios.
Questionei a lentidão dos procedimentos para se alcançar esse ideário e cobrei o cumprimento de metas somente anunciadas, mas no compasso de espera da sua efetivação.
Agora, deparo-me com notícias na imprensa, da realização de um seminário sobre “Conexões” sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro de Museus, contando com a participação da Secretária Isaura Rosado e Hélio de Oliveira, este Coordenador de Museus do Rio Grande do Norte. Mas quais museus?
Chegou a hora de uma entrevista com esse Senhor para que a população tome conhecimento do seu potencial, pois aqui em Natal o assunto está muito obscuro.
Os turistas, quando visitam os países estrangeiros, procuram conhecimentos nos museus, nas bibliotecas, nos eventos culturais que indiquem os costumes e o saber de cada povo.
Em Natal, a biblioteca Câmara Cascudo continua interditada, a cultura popular está capenga, o nosso Instituto Histórico e Geográfico precisa de apoio para sua restauração e efetivamente servir de ponto de apoio para o turista da Copa 2014.
Deixando à margem estes “sonhos”, vamos ao efetivo: o projeto “Por do Sol” do Iate Clube" merece registro e apoio do poder público; os "passeios de barco pelo rio Potengi" é outro setor a merecer mais atenção. Funcionam e isso eu posso atestar pois ao receber no ano passado parentes da Itália pude avaliar o encantamento deles por esses projetos.
Mais ainda, tomei conhecimento de que a Reitora Ângela Paiva pretende restaurar o prédio na velha Faculdade de Direito da Ribeira, para ali instalar um projeto de "Centro de Referência dos Direitos Humanos e o Museu do Advogado". Na verdade o museu referido deve ser do Curso de Direito, segundo ela, será o maior projeto de extensão da UFRN.
Este é um passo importante para o futuro e que deve merecer todo o nosso reconhecimento, pois teremos ali um ponto fundamental para atrair o turista, com exposições de livros, apresentação de saraus de letras e costumes. Para isso carece que se recupere a Praça Augusto Severo, em seu entorno e se elabore uma programação cultural, aliada ao Teatro Alberto Maranhão.
É muito importante a estruturação do corredor da cultura em direção à Ribeira, onde estão situados nossos prédios históricos da Rua da Conceição, da Avenida Câmara Cascudo, onde está a sua morada, hoje uma importante Instituição, em direção aos demais prédios da Ribeira, tudo a depender da complementação e implementação de obras de mobilidade urbana, sem esquecer que seria de excelente valia a adaptação de uma unidade ferroviária para passeios turísticos às cidades do grande Natal, notadamente Ceará-Mirim, que possui Museu, atualmente em ruínas.
Vejam os bons exemplos da Escola de Artífices da Av. Rio Branco e prédios da Companhia Ferroviária do Estado.
É a modesta colaboração que pode prestar um velho advogado, que ainda acredita que a sua terra poderá ser vitrine para a cultura e não apenas palco para a corrupção que ocupa a maior parte das manchetes dos nossos noticiários.
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