domingo, 11 de março de 2012


DE REPENTE O TEMPO MUDA, A ESPERANÇA VOLTA, A FARTURA CHEGA E O POVO VIBRA – É O INVERNO OUTRA VEZ. POR QUE NÃO CANTAR!

Tempo de Inverno


Pássaros retornam em cantata
O campo amanhece em regozijo
O homem campina em sua mata
É o inverno que se aproxima...


A esperança se difunde entre as pessoas
Há certeza de instantes de fartura
Natureza exagera em candura
É o inverno que se sublima...

(Carlos Gomes)
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Um Canto ao Inverno
A natureza veste-se de branco,

Como os meus cabelos. O tempo gela.
Há em mim um silêncio frio que estanco.
Vejo a árvore desnuda da janela,
Como o meu coração sem teu afago.
Mas existe a poesia que trago
Cantada na solitude que vela.

(Mardilê Friedrich Fabre)
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Inverno

A temperatura está baixa,
o som do vento é agudo em alguns pontos.
Da boca sai uma engraçada fumaça branca,
da coberta sai um calor invisível.


Lá fora chove fino,
o movimento de pessoas é fraco,
a movimentação de carros é contida.
Os galhos das árvores dançam com o vento.


A lareira aqui dentro,
é quentinha como o quê.
O café da manhã reproduz o cheiro ótimo,
do bolo quente e do café passado.


As blusas tomam conta do corpo,
que já está quentinho,
porém ainda preguiçoso.
Os pés estão envoltos por uma grossa meia de lã.


O dia continua arrastado,
quase pedindo clemência,
ou querendo se recolher para dormir,
ou até querendo apenas um copo de café quente,
para se manter lá fora.


O olhar das pessoas continua condizendo...
Sim, frívolo leitor,
condizendo com a estação que imagino agora,
a estação de minha imaginação!


Os gestos são suaves,
a energia é muito poupada.
Livros bons aparecem junto ao sofá e ao edredom,
sem contar nos deliciosos arrepios na nuca,
que vem e vão.


Nenhuma aparência carrancuda,
apenas aparências cansadas e sentidas,
talvez sentidas “daquela cama”.
Pessoas rezando pelo seu rápido retorno ao quente lar.


Agora me vou entrar em outra aventura,
debaixo do meu edredom,
no meu sofá e com minha meia de lã nos pés.
Tomando meu café quentinho,
deleitando-me com o sopro gelado na nuca.

(Jonathan Cunha)
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A pálida Luz da Manhã de Inverno - Poesias Inéditas

A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razão
Não dão mais 'sperança, nem menos 'sperança sequer,
Ao meu coração.
O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.



No rumor do cais, no bulício do rio
Na rua a acordar
Não há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu 'sperar.
O que tem que não ser
Algures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.

(Fernando Pessoa)
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Aconteceu no Inverno

Uma porta fechada de repente
deixou uma esperança diferente
parada sem saber aonde ir
do lado de fora...
O frio cortante que envolvia aquela noite
marcava o pensamento como açoite
não deixando uma única ilusão
todas elas prevenidas...
Não era primavera e nem verão
Marte sondava o céu na escuridão
ele se foi sem nem dizer adeus
partiu apenas...
Parecia até que ia voltar depois
que eu acordaria quando o sol nascesse
para perguntar: que pesadelo foi esse???
Mas não era sonho...
A realidade fustigou-me a alma
eu tentei sorrir, tentei manter a calma
encarei o mundo numa briga feia
nada adiantou...
Não virei o jogo, nem tampouco a mesa
nessa vida ganha quem chega primeiro
o amor não finge, ele é sempre inteiro
mas nem sempre vive...

(Tere Penhabe)
Itanhaém
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 Poemas sobre o Inverno
(Cantinho da Miana)

Chove, chove, ping, ping

Chove, chove,
Ping... Ping...
Chove chuva sem parar.
Chove, chove,
Ping... Ping...
E o menino sem brincar.
Chove, chove,
Ping... Ping...
Correm os rios para o mar.
Chove, chove,
Ping... Ping...
Estão os barcos a navegar.
Chove, chove,
Ping... Ping...
Andam chapéus pelo ar.
Chove, chove,
Ping... Ping...
Gosto de estar a olhar.
A chuva a cair,
O vento a soprar,
E eu aqui sozinho
Sem poder brincar.
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Convite

(Por Cristina Baridón)

Quando fizer muito frio
Faça chuva, neve ou granizo,
Vem comigo a minha casa
Quentinho está o meu piso.


Junto ao aquecedor,
Bebemos devagarinho,
Para aquecer alma e corpo,
Chocolate bem quentinho.


Brincaremos aos cowboys,
Desenharemos com ceras
E contaremos um coto
De fadas e de princesas.


Quando tiveres um tempinho,
Não esqueças, estás convidado!
Anda, vem brincar comigo,
Eu sou índio e tu... soldado.
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O Inverno

O Inverno começou, (mãos esticadas para a frente)
Tudo molhou... (mãos a abanar)
O vento soprou...(soprar)
O frio chegou... (braços cruzados ao peito a tremer)
E a mãe me agasalhou:
Com um camisolão! (vestir)
Umas botas! (calçar)
Um gorro! (colocar na cabeça)
E um blusão! (subir o fecho do blusão)

(Lourdes Custódio)
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Chuva fria, miudinha

Um soldado de chocolate
derreteu-se com o calor
que saía da lareira.
Enquanto a cor se esbate
sente um calor maior
que o calor de uma fogueira.
E assim se fez a paz
sem um execito capaz
de não ficar derretido
com o calor apetecido
de uma noite invernia
chuva fria miudinha
ao sabor da ventania
que só amaina à tardinha.
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Velho

Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.


Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou,
Roubara-as um cão.

Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.


Velho, velho, velho.
Chegou o Inverno.

(Publicada por Mariana)

Inverno

E chega o frio
Trazendo em suas vestes variados sentimentos
Emoções há meses aguardadas
Para se mostrar
Na evidência do maior dos talentos


O inverno vem sempre acompanhado de beleza
E certa tristeza
Não de uma tristeza triste
A doce tristeza que existe
Na espera do amor, que em chegado
guarda em si mesmo, imantado
Velhas energias, tantos segredos
Em meio a emoções desconhecidas


O inverno é melancólico
Bucólico
Sobretudo, reina nele,
Essas sensações


No inverno
A gente ama mais
Espera mais
E se preocupa em ter ao lado
Sempre um apaixonado
Porque é tempo de se envolver, dividir, somar
Envolver em braços fortes
Dividir a cama


E somar companhia
Que ajude a vencer toda sorte
De solidão, de silêncio, de frio.

(Irami Gonçalves Fernandes Martins)

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