CARTAS DE COTOVELO 05 (18/01/2012)
Carlos Roberto de Miranda Gomes, advogado e escritor
Depois de devidamente lidos/vistos e achados conformes as notícias dos jornais do dia e da TV, a danada da preguiça retorna o corpo velho cansado. Então aproveito o verso do vate pernambucano Ascenso Ferreira, que Wandyr me lembrou por e-mail:
Hora de comer – comer!
Hora de dormir – dormir!
Hora de vadiar – vadiar!
Hora de trabalhar? Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
Consultei, então, dois livros de que hoje me abasteci – Do Sindicato ao Catete, do ex-Presidente João Café Filho, cujo primeiro volume comecei a ler e Ensaios de Filosofia Caseira, do estimado amigo Kerubino Procópio, também em início de leitura e pude constatar a importância da prosa livre ou memorialista, esta com suas contradições e influências.
O tema nos leva, necessariamente, às Actas Diurnas, (de Cascudinho – expressão que uso pelo carinho e nunca pela petulância).
O Mestre Maior das Letras Potiguares interrompe a prescrição do esquecimento, registrando fatos, lugares e relembrando pessoas que estariam no rol do olvido, gerando, no bom sentido, uma inveja de não ter vivido aqueles tempos referidos em suas crônicas.
Redação cândida, linguagem agradável, parágrafos curtos, nos enlevam no conhecer o emaranhado do Natal de Ontem.
Estamos numa fase de resgate da memória contemporânea, em todos os seus seguimentos, sem excluir os temas mais polêmicos como religião, futebol e política.
A sociedade reclama e cobra os depoimentos, as histórias e estórias de Manoel de Brito, Luizinho Bezerra e Aluízio Menezes, em suas respectivas atividades. Seria importante a interferência dos órgãos oficiais de cultura, como está para acontecer com um trabalho de João Alves sobre a passagem de aviadores importantes por Natal e o desvendar final da questão da passagem ou não de Exupèry pela nossa terrinha.
Serejo, Diógenes, Gosson, Jurandyr dêem uma catucada no assunto!
Eu já estou fazendo o meu dever de casa e muito breve o colocarei ao conhecimento de todos os meus leitores e amigos.
De coisas chatas já estamos cheios. Nada é melhor do que uma boa prosa “ad perpetuam memória”.
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