quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DIA DE FINADOS
Hoje é um dia diferente, um dia especial, onde a saudade e a lembrança ocupam todo o nosso ser, dando a certeza do amor vivido, do total querer.

Os poetas convocam sua inspiração maior, para recordar um amor perdido ou evocar um ente que se foi, no paradoxal embate entre vida e morte.

Não morrem aqueles que, pelo tempo vivido, fincaram raízes do bem querer, do desvelo, da doação.

Selecionei alguns versos, que bem retratam os sentimentos humanos:

Molha a mármore fria teu pranto convulsivo
Ao ver na lápide teu nome em letras garrafais
E a frase de um sentimento indestrutível...
" Aqui jaz aquele que te amou demais! ".
Fonte: http://www.luso-poemas.net
***
Poema de Finados - Manuel Bandeira

Amanhã que é dia dos mortos
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.



Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.


O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.

---- Minhas reflexões

A morte, esse mistério infindável
Se renova a cada dia que ressurge
É morrer para a vida e renascer para Deus
É percorrer essa incerteza inexorável.


Em cada morte existe uma esperança
Para os que crêem na eternidade
Mesmo que deixe rastros de saudade
Renova nos corações a temperança.

RESPEITO. SAUDADE. AMOR.

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