terça-feira, 20 de setembro de 2011

PAZ NO TRÂNSITO


O Estado do Rio Grande do Norte iniciou esta semana uma campanha “PAZ NO TRÂNSITO”, utilizando todos os canais de comunicação, no sentido de minimizar a grande quantidade de acidentes ocorridos no trânsito da nossa cidade e nas estradas potiguares.

Evidentemente que a iniciativa é salutar e deve merecer o apoio integral da comunidade. Contudo, o assunto merece uma reflexão, também de grande importância – será que os órgãos de fiscalização de trânsito estão fazendo o seu dever de casa? Digo isso pelo fato de que, em todos os momentos em que aparece um semáforo defeituoso ou mesmo a falta de sincronismo entre os mesmos, jamais assisti uma solução imediata. Ao reverso, sempre ocorre, por algumas horas, um verdadeiro caos, até mesmo quando a comunidade telefona apontando o defeito.

Por outro lado, a preocupação com o reparo das pistas de rolamento deveria ser uma ação prioritária - algumas com buracos que causam grandes transtornos há meses – ver o exemplo dos que existem nas cercanias da Praça Tamandaré (na subida e na descida), que obriga o motorista a fazer um verdadeiro malabarismo, atravancando o trânsito e causando acidente, além de ali existir um semáforo do tipo antigo, que não permite ao motorista controlar a velocidade do seu veículo no que resulta ser penalizado pelo “pardal”, haja vista que a subida se afunila e complica o fluxo normal. Isso faz parte da “paz no transito”. A SEMOB tem obrigação nesse sentido

Ao mesmo tempo, causa revolta, a preocupação exagerada dos amarelinhos da SEMOB com o uso de celular pelos motoristas com o veículo em movimento. Eu mesmo, com carteira de habilitação desde 1958, sem registro de qualquer acidente de trânsito, recebi uma multa por dirigir veículo utilizando telefone celular. Confesso que algumas vezes o telefone toca quando estou dirigindo, mas imediatamente eu informo: “estou no trânsito”, retorno depois. No meu caso o registro teria ocorrido 08:35 h na Av. Cel Estevam, no Alecrim, localidade e horário que foge completamente da minha rota . Mas, como provar que não era eu? Preferi pagar a multa. Por que não se adota, o que acontecia no passado, um apito de advertência? Não, a multa é o caminho mais fácil. Sobre isso eu tenho histórias incríveis!

Vamos apoiar a campanha, mas rogamos que seja estudada uma maneira mais racional para as infrações de pequenas potencialidades, com medidas mais educativas, ao mesmo tempo em que deveria haver uma equipe de emergência para a solução de problemas de trânsito, com deslocamento no instante em que se receba uma comunicação do defeito ou a indicação de um local com desgaste da pista causando perigo. Isto é moderno e eficaz. Vamos fazer também uma trégua entre fiscais e fiscalizados em favor da paz no trânsito, quiçá palestras, audiências públicas com debates.

A Prefeitura de Natal deve ficar de frente para os anseios da sociedade e não nos subterrâneos dos gabinetes, ouvindo as informações imprecisas de alguns auxiliares puxa-sacos ou mal servida por fiscais com pouco preparo e gastando recursos públicos para propaganda de veracidade duvidosa.

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